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O teu amor é uma mentiraQue a minha vaidade querE o meu, poesia de cegoVocê não pode ver...Não pode verQue no meu mundoUm troço qualquer morreuNum corte lento e profundoEntre você e eu..."
E mesmo sem saber achou na letra de Cazuza a resposta pra difícil pergunta que ele lhe fizera e entendeu sem mais esforço o porque de ainda se permitir ouvi-lo de não recuar totalmente que mesmo com toda mágoa ainda se daria uma chance, porque se é amor ou não, se foi real ou profano se foi feito pra durar ou pra curar isso já não importava
Era mais simples pensar como ele que o destino estaria testando a força deste sentimento com tantos desencontros mas seria cômodo demais pensar assim e ela não aceitava as explicações cabíveis, ela preferia se perder no não entendimento daquela relação que era bem mais profundo...
Um beijo. as lágrimas. e ela via passar como que um filme daquela história de amor mal desenhada, o papel amassado nas inumeras cartas que não foram entregues, o brilho fosco dos olhos que já não sabiam mais distinguir amor de piedade, se eram apenas mentiras, porque ela se permitia ouvir? Porque mentiras sinceras (como aquelas do poeta) realmente a interessavam.
Ela já não era aquela menina de doze anos que por medo do primeiro beijo conservava o amor entre cartas e telefonemas, e ele há tempos deixou de ser o anjo louro a quem ela prometera o seu coração. Tantos foram os fortuitos no caminho, as surpresas e as mudanças...mas uma coisa nunca parecia mudar: a volta dele com a frase certa de que : "o que tiver que ser será meu..está escrito nas estrelas vai reclamar com Deus". Agora ela ria tentando desvendar o que estaria por tras desse subterfúgio e entendia que de tanto errar eles tinham medo de acertar porque não saberiam o que fazer se tudo ocorresse bem, eles já estavam acostumados com o " não dá certo" proclamado por partes. E porque tentam? Porque insistem? Só pra sentir o prazer de dizer um ao outro: " Eu tentei, mas o destino não quis assim"
Quanta hipocresia! O destino não queria nada além de que eles mesmos tivessem coragem de assumir seus medos e vontades,
porque dizer que quer é fácil mas preencher o caminhos entre querer e fazer acontecer..isso sim é o difícil.Ela prefere fechar os olhos e fingir...
Fingir que o tempo não passou, que as coisas não se quebraram, que as chances não se perderam, que tudo ainda pode acabar bem.
Mesmo sabendo que isso é tão improvavel quanto os dois, que ela não acredita mais nessa história, e pior: que ela até tenta... mas seu coração parece ter endurecido.
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Eu sempre vou te amar, se não como agora ou como já foi de alguma maneira amarei..porque mesmo que você não seja a mulher da minha vida você será sempre a mais especial e por mais que eu tente eu não consigo te tirar dela, porque independente das despedidas que já foram feitas, eu sempre me vejo voltando..."
E.L.
p.s¹
Relatos de um final de semana de fato muito confuso!Ganhei outro selinho da Mi, muito linda e extermamente intensa (como eu!rs) me identifiquei com o blog dela e recomendo de verdade ;)O Diário de Marin Jones é realmente de muita qualidade!
Um beijo á todos e obrigada pelos comentários e incentivos ;*