quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"-Você não tem notado, querida? é tudo um turbilhão. Pense em como estavam as coisas há um ano. Você não lembra? que dia é hoje? o que você comemoraria hoje? e veja como mudou em apenas um ano. E de um mês atrás pra cá? Veja quanta coisa mudou, e tão rápido. Você imaginava, naquele dia, que dali a um mês estaria assim? você quase não consegue acreditar, foge ao controle.
- você tem razão. Tudo que tem acontecido é produto do que outras pessoas fizeram. No meu caso, as minhas atitudes têm sido mera reação.
- tudo isso é pra gente perceber que o controle das nossas vidas de maneira alguma está nas nossas mãos. São as pessoas, umas às outras, que fazem as vidas. A interação. São os outros, as suas atitudes, que determinam as nossas. São os outros que nos transformam no que quer que a gente se torne.
- ooh, isso é assustador!- nem sempre, clarice. Em raros momentos
- e esses, sim, são cruciais
- você pode decidir. Dessa vez, por exemplo, o poder está com você. A decisão que vai influenciar as pessoas é sua, você já pensou nisso? você tem certeza do que pretende fazer?
- tenho não, meu caro. Não tenho mesmo. Eu sei que preciso agir, fazer alguma coisa, tomar alguma decisão, mas certeza eu não tenho de jeito nenhum.
- e você se sente confortável assim?
- claro que não. Eu me sinto num circo, isso sim! um espetáculo bizarro de acrobacia e eu no meio, sendo laçada de uma mão pra outra. É péssimo.
- oras, clarice, não seja reclamona! do jeito que você fala, até parece que não é você quem está por cima..
- depende do que você considera estar por cima. Eu tenho o poder da decisão, ótimo. Mas isso não me deixa feliz , porque é uma responsabilidade grande demais. A minha felicidade, a de outras pessoas.. de nada me adianta ter um que me ama mas está longe; um que me adora mas não quer se envolver; um ou outro que adora estar comigo agora mas não me passa a segurança de saber que ainda vai estar pensando igual daqui a dois meses.. no fim das contas, eu queria mesmo era ter um só, e ter pra valer, porque quem tem muitos, na verdade, não tem nenhum.
- aah, querida clarice, ainda esperando pelo sonho da perfeição? ela não existe, aceite. O que existe é aquilo que melhor se adequa a você e, nesse momento, o que existe é a sua necessidade latente de escolher. E então, de todos, por qual você esté mais balançada?
- não sei não. Mas eu acho que quanto mais você ama as pessoas, quanto mais você as deixa entrar na sua vida, maior o direito que você dá a elas de lhe magoar. Acho que, se é pra inventar um critério de escolha, sensato da minha parte seria preferir aquilo que é novo, diferente, recém-chegado, porque este terá menos chances de me ferir. Continuar remendando os pedaços deixados por aqueles que já me magoaram uma vez é arriscar nunca ter o coração inteiro de verdade. Além do mais, todos que já erraram comigo, tiveram a chance de acertar; não seria justo com este outro lhe negar a sua chance.
- humm, bom, clarice, bom. Agora me diga: e com você, o que seria justo?
- eu não preciso mais de justiça, sabe, meu caro? eu preciso de amor.
- finalmente, clarice. Você está começando a entender."



P.O.

Créditos á autora, nesses dias de fadiga inspirativa ela conseguiu falar alto ao meu coração.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008


"Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo"



E das faltas que já nem me cabem, fica o vazio do não poder...
Sentimento covarde que não deixa desandar, e se tudo ainda é possivél...se a minha força vem de além, por que não seguir?
Procuro no escuro as chaves dessa prisão. Me viro do avesso para achar o caminho de volta, qualquer consolo que me permita avançar.
Escuto as batidas insonoras do meu coração e isso já não basta.
Desejo o teu nome, o teu doce o teu colorido. As palavras inaudíveis e a nossa comunicação.
Desejo um, nada mais além.



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Nem tão bom para uma volta..

Mas hoje tô assim..

Para o mundo aê que eu quero descer! ¬¬'

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Parabéns!


"SER PSICÓLOGO...Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.Não apenas isso, é também uma notável dádiva.Recebemos o dom de usar a palavra, o olhar,as nossas expressões, e até mesmo o silêncio.O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.Mas não apenas isso, é também um grande privilégio.Pois não há maior que o de tocar no que há de mais precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo, seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.Somos psicólogos e trememos diante da constatação de que temos instrumentos capazes de favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.
Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar, ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem. Mesmo na contra-esperança, esperar.E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra, do conselho, da minha sinalização. Que as lágrimas que diante de mim rolarem, pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,sejam segredos que me acompanhem até o fim.E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes. O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que não tinha com quem contar para dividir sua solidão,sua angústia, seus desejos.Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir que isso só começa quando a gente consegue realmente se conhecer e se aceitar."


(Walmir Monteiro)



Á todos os psicólogos e aspirantes [como eu] desejo tão somente força o bastante,responsabilidade e um pouco de doçura para cumprir esse tão encantador papel!


Feliz dia dos Psicólogos para nós ;)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O amor, o colorido e a borboleta.


Talvez fosse o sorriso desajeitado ou a voz mansa de quem parece calcular, não sabia se era ele ou ela quem tornara tudo aquilo tão mágico, mas sabia o quanto era gostoso dividir seus momentos com ele.

Se soubesse rimar já teria feito uma canção de amor daquelas bem tristonhas pra embalar esse acaso, o menino do sorriso bobo agora povoava seus sonhos e ela sentia-se estranhamente feliz com cada olhar cruzado no pátio.

"Gostar dele?? eu??" "Sem a menor possibilidade"

Como de costume ela fugia, mas suas mãos falavam por ela, o estalar de dedos nervosos, seus olhos insistentemente a traiam, procurando por cada pista dele, as pernas trêmulas, como pode alguem assim controlar o coração? E percebia que quanto mais procurava não pensar é aí que ele vinha em seus pensamentos, quanto mais ela se forçava a fugir mais perto dele se encontrava.

E logo ele que fugia a todas as possibilidades, que era complexamente descabido, que não gostava dos paradigmas, que era contra qualquer forma de estabilidade. Ele que gosta do que não existe, que adora o movimento e se excita com o improvável. Ele que é diferente de tudo mas é esquisitamente perfeito pra ela. Ele que não cabe nas definições e é refratário a qualquer forma de dominação, ele que não se rende, não se entrega, não sabe fingir. Ele que fala pelos olhos, que sorri com o coração. Ele que é tão ávido por aventuras agora também repousa no jardim dela, também sente o bater de asas daquela borboleta que outrora veio prenunciar o colorido daquela amizade que seria sim, uma linda história de amor.
"Deixe eu me lembrar de criar asas; "

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Nunca lhe prometi um jardim de rosas.

Qual o limiar que separa a loucura da sanidade? Quais os preços que pagamos pela normalidade? Quanto nos custa não nos alienar com tantas atrocidades e tudo mais que não podemos mudar?O que nos faz de fato mentalmente saudáveis?
E fui submergida numa porção de reflexões que mesmo indiretamente e inteligentemente Hannah Green nos oferece. Pensar sobre essa linha tênue que nos coloca em um dos lados é pensar em situações reais, em como essa barreira pode ser ultrapassada a qualquer vago momento e como pode ser 'fácil' perder a razão.
Me senti feliz por fazer parte pelo menos durante esses 13 dias (tempo gasto para ler o livro devido as taaaantas atividades paralelas) do fantástico mundo de Blau, passear pelas suas realidades paraleas, absorver toda magia, encantamento e por que não dizer sofrimento dessa personagem tão 'real' .
E nos convida a pensar no quão dolorosa é a loucura, a doença emsi, toda a sua sintomatologia, as consequências, as restrições e toda desordem que ela abarca.
E onde estão os culpados? ponho a me questionar...
Os pais tão amorosos, a família tão dedicada, a irmã terna, as possibilidades muitas vezes favoráveis, onde achar os causadores para esse sofrimento psiquico? Melhor não condena-los, acabam por ser também vítimas dessa sociedade impiedosa que não define culpados mas sim reféns de suas estruturas.
Como o título sugere não existe de fato um final feliz, nem foi prometido em momento algum um mar de rosas, a cura é possibilitada dentro de uma perspectiva maior na qual não se sana os males da vida ou os caminhos tortuosos da sociedade mas aprende-se a conviver com eles.



Sem dúvidas um dos melhores livros que já li, eu recomendo ;)
Como é de se observar devido a minha ausência ao meu cantinho precioso, as aulas voltaram e com força total como diria uma amiga. Logo,ta sobrando pouco tempo pra vir aqui..mas Lay e Mi, a passadinha no blog de vocês é sagrada!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Cuida de mim.


"Pra falar verdade, às vezes minto...
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer às vezes, que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
"Tanto faz" não satisfaz o que preciso
Além do mais quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou...
Você pra mim mostrou
Que eu não sou sozinha nesse mundo. ;) "





Não, ela não condiz com o que declara.

As firmes decisões e a postura sempre tão séria e segura por vezes camuflam o turbilhão de emoções que compõem aquela moça.

Fazia tanto tempo que não se sentia assim...presa por um sorriso e livremente condenada a dependência que aquele rapaz lhe causara. Não lhe agradava muito a idéia de perder o controle de suas vontades, mas não conseguia recuar aquela sardônica sensação de obdiência. Não era a ele que ela estava submetida mas aos sentimentos que ele estranhamente exalava, e disso ela não queria fugir, já não se preocupava tanto em manter as "várias" que habitavam em uma só, bastava que ela fosse a moça que sorria pelos olhos e que não precisava de palavras para se fazer entender.

Mesmo com os olhares lancinantes que ela lhe lançava, de quem prefere não sentir, de quem tem receio de se entregar, de quem carrega cicatrizes expostas de histórias infundadas, mesmo com toda a resistência e falta de coragem, ele prosseguiu..e não precisou necessariamente falar para que ela compreendesse que ele estaria ali, pronto e completo, estranhamente perfeito para ela, com seu carisma inefável e todo o colorido que só de lembrar já causava borboletas em seu estômago. Ele foi além de suas pretensões...

Não precisou vir no cavalo branco e tampouco havia luz azul em seu ombro esquerdo, mas os sininhos tocaram no encontro mudo de duas almas que silenciosamente se encontravam.

Ele não veio sozinho, trouxe consigo os sonhos que outrora a moça deixou pela estrada, segurou a sua mão e num gesto doce disse em tom de poesia que eles sempre estariam juntos.









quinta-feira, 31 de julho de 2008

A minha Saudade: Mariana.


Os olhinhos atentos para cada gesto, a boca entre um riso sem graça como se quisesse disfarçar a imensa vontade de chorar, o coração palpitando descompassadamente numa oscilação incessante de alegria e dor. Todos ali, tão unidos, compartilhando daquela dor que seria "perde-la". Pouco adiantou os esforços para se conter, pouco antes do coro as lágrims já saiam dos bastidores e alcançavam o palco de cada rosto que sentia explicitamente aquela despedida.

As maquiagens borradas agora, os sorrisos de desconformação se encontrando, a musica: " só enquanto eu respirar..vou me lembrar de você!" a saudade...que já tem a cara dela!Mariana Ribeiro vai além das nuances, transcorre as definições, é exemplo, referência é modelo!É merecedora de todos os méritos,homenagens é a exelência, é aquela que nos ensinando fez nascer uma incessante vontade de aprender.

O que desejar a ela? T U D O!Tudo de mais perfeito que possa existir!


Mariana Maricota, sempre sempre =)


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Momento nostalgia...
Como você faz falta Mari!


domingo, 27 de julho de 2008

"O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver...
Não pode ver
Que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu..."





E mesmo sem saber achou na letra de Cazuza a resposta pra difícil pergunta que ele lhe fizera e entendeu sem mais esforço o porque de ainda se permitir ouvi-lo de não recuar totalmente que mesmo com toda mágoa ainda se daria uma chance, porque se é amor ou não, se foi real ou profano se foi feito pra durar ou pra curar isso já não importava

Era mais simples pensar como ele que o destino estaria testando a força deste sentimento com tantos desencontros mas seria cômodo demais pensar assim e ela não aceitava as explicações cabíveis, ela preferia se perder no não entendimento daquela relação que era bem mais profundo...

Um beijo. as lágrimas. e ela via passar como que um filme daquela história de amor mal desenhada, o papel amassado nas inumeras cartas que não foram entregues, o brilho fosco dos olhos que já não sabiam mais distinguir amor de piedade, se eram apenas mentiras, porque ela se permitia ouvir? Porque mentiras sinceras (como aquelas do poeta) realmente a interessavam.

Ela já não era aquela menina de doze anos que por medo do primeiro beijo conservava o amor entre cartas e telefonemas, e ele há tempos deixou de ser o anjo louro a quem ela prometera o seu coração. Tantos foram os fortuitos no caminho, as surpresas e as mudanças...mas uma coisa nunca parecia mudar: a volta dele com a frase certa de que : "o que tiver que ser será meu..está escrito nas estrelas vai reclamar com Deus". Agora ela ria tentando desvendar o que estaria por tras desse subterfúgio e entendia que de tanto errar eles tinham medo de acertar porque não saberiam o que fazer se tudo ocorresse bem, eles já estavam acostumados com o " não dá certo" proclamado por partes. E porque tentam? Porque insistem? Só pra sentir o prazer de dizer um ao outro: " Eu tentei, mas o destino não quis assim"

Quanta hipocresia! O destino não queria nada além de que eles mesmos tivessem coragem de assumir seus medos e vontades, porque dizer que quer é fácil mas preencher o caminhos entre querer e fazer acontecer..isso sim é o difícil.

Ela prefere fechar os olhos e fingir...

Fingir que o tempo não passou, que as coisas não se quebraram, que as chances não se perderam, que tudo ainda pode acabar bem.

Mesmo sabendo que isso é tão improvavel quanto os dois, que ela não acredita mais nessa história, e pior: que ela até tenta... mas seu coração parece ter endurecido.







" Eu sempre vou te amar, se não como agora ou como já foi de alguma maneira amarei..porque mesmo que você não seja a mulher da minha vida você será sempre a mais especial e por mais que eu tente eu não consigo te tirar dela, porque independente das despedidas que já foram feitas, eu sempre me vejo voltando..."





E.L.







p.s¹ Relatos de um final de semana de fato muito confuso!





Ganhei outro selinho da Mi, muito linda e extermamente intensa (como eu!rs) me identifiquei com o blog dela e recomendo de verdade ;)



O Diário de Marin Jones é realmente de muita qualidade!





Um beijo á todos e obrigada pelos comentários e incentivos ;*

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Desabafo!


Só tem uma coisa que me irrita mais que banho gelado no inverno: gente arrogante!
Putz! Quer coisa mais desagradável que tentar dialogar com uma pessoa que possui uma impáfia maior que a torre Effiel? Não! Impossível entrar em acordo com alguém que só escuta o próprio eco e que pensa (tão erroneamente) que é dono total da verdade.
Eu tô bem longe da perfeição que só causa estragos, até porque sou um ser humano entupido de defeitos e talvez o maior deles seja tentar insistentemente melhorar a cada dia e não me permitir dormir e acordar sendo a mesma pessoa, digo: sem ter melhorado pelo menos 1% do que fui ontem.
Bem, o fato é que como já disse inúmeras vezes o exercício da palavra me alivia dores mudas e por hora gritantes, e hoje foi sim um dia de cão, daqueles bem chatinhos que se trabalha 8 horas como se fossem 48 e ainda tem-se que engolir sapos e fazer do estômago uma lagoa e como se ainda não bastasse sorrir e suspirar..olha que legal ;)
Quem inventou que cliente sempre tem razão certamente esqueceu que do outro lado sempre tem alguém com sentimentos, valores e concepções, e engolir isso é dose!
De fato escrever hoje não me aliviou o quanto eu esperava e a minha vontade real era mesmo dar um belo cruzado e mandar a espécie pro espaço! @@#%$#!
Mas não não...eu sou contra a violência de animais ;)
E ao contrário vou esperar bem otimista que a vida lhe dê mais educação!




Ufa!



p.s.¹ Uma pausa para minha nota de rodapé: Meu dia não podia mesmo terminar ruim, não hoje que amanheceu com um sol dourado e um céu azul turqueza, mas tem alguém lá em cima que sabe mesmo como aliviar minhas angustias! Recebi visita de minha anja e em 20 min de conversa ela conseguiu transformar 48 hrs de desgaste! Ela é uma linda ;) e eu prometo logo em breve um post só pra ela! :*



Ahn..ainda não entendo muito disso, mas vi no blog de Lay que os selinhos que ganhamos são repassados entãoo o meu vai para minha amiguinha do Blog ;) Roberta!


quinta-feira, 24 de julho de 2008

Féééééérias.


Hoje estou no reino dos Devaneios e não saio daqui por nada neste mundo...As entrelinhas são de suma importância. Aquilo que não foi dito, aquilo que ficou entendido. A maioria das coisas eu quero as claras, mas com os sentimentos maiores e mais especiais me basta a sinceridade e as intenções. Isso existe de sobra, invisível aos olhos, mas clarissímo na linguagem do coração.
E eu cansei de tentar me fazer entender, cansei também de procurar explicações que não são minhas.
Mandei meu superego tirar férias e de ontem em diante só faço o que ordena minha vontade e por ela nada mais se faz visível se não for subentendido.





" Cada voz que canta
O amor não diz
Tudo o que quer dizer
Tudo o que cala, fala mais
Alto ao coração
Silenciosamente..."



p.s. Nota de agradecimento ao "anônimo" que afagou meu ego com seus elogios e que me proporcionou embora sem saber, uma motivação a mais para continuar esse meu exercício catártico através das palavras.


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Estranho no Ninho.

É, ta acontecendo de novo. E ela nem sabe mais como agir. Todos os ante-projetos já feitos para quando essa sensação ressurgisse já caíram por terra em meio aos fortuitos que ele lhe causou. A mistura de lúdico e real. A expressão perfeita de que “ os opostos se distraem. Os dispostos se atraem”. Dois mundos contrastantes, paradoxos, por que não dizer: incomuns. Agora se vê assim, com um sorriso bobo no rosto, sem coragem de admitir para si mesma que os pequenos gestos que ele inteligentemente lhe dirige já se tornam muito para encanta-la. A dificuldade em concatenar seus pensamentos dá espaço para os seus devaneios mais insanos. Engraçado pensar como esse estranho conseguia agora arrancar dela os seus melhores instintos, como ele conseguia penetrar em caminhos que ela por muitas vezes se resguardava, e ia desvelando..abrindo caminho para uma nova aventura. Os dois ali, parados diante do leque de surpresas que lhe sorriam. Os sorrisos. Como eles sabiam se comunicar através deles, e como falavam muito.


Seja bem vinda a essa casa que entras..é o meu coração





p.s. Ganhei meu primeiro selinho \o/
Laaaay, devo dizer que sou sua fã! rs!
E tb não passo sem ler todas as suas doces confissões que tem me encatado muito, como já te disse: parabéns!
Que você continue a traduzir-se em palavras dessa maneira tão linda!

Grandee beeijo :*






segunda-feira, 21 de julho de 2008


" Chega! Esses sapatos não me servem mais." - Disse ela num misto de desprezo e agonia. Mas porque se irritar tanto com um par de sapatos?? Ela sabia que não era somente isso. Usar aqueles sapatos novamente remetia a uma infinidade de coisas que por mais direta que ela desejasse ser não conseguiria, pois havia por tras daquela representação banal uma infinidade de manifestações subjetivas e nem mesmo ela sabia de fato o que cabia nas entrelinhas daquele desejo.
Calça-los mais uma vez seria como aceitar todas as desculpas mal elaboradas que ele lhe dera num último encontro, seria baixar a cabeça para as imposições subordinadoras de seu chefe quando desacreditava de seu potencial, e ela não era isso...não era MAIS isso. Ela mudara, e se pertubava que não percebessem isso. Talvez sua imaturidade impedisse de ver que as melhores mudanças ocorrem no silêncio de cada um, e são aquelas que de tão sutis surpreendem até mesmo a quem vive. Não seria necessário mudar para fora, nem mesmo mudar de um tudo, existiam coisas que ela só precisaria desvelar e ter coragem para assumir, pois na verdade já existiam..."




" Das peles que vivo tantas há que não vi "


(Carlos Drumond Andrade)




* Um dia que não hoje, prometo ser menos subjetiva.

Limpando a casa.

Cá estou eu de volta..
Depois de longos dias de profunda introspecção e 'reciclagem' volto as minha palavras. E como elas me fizeram falta. Tantas coisas acontecendo que eu nem tinha tempo de traduzir em escritos, meu tempo era somente sentir cada vã manifestação de uma mudança que começou por dentro e agora já alcança a superfície e já se mostra... embora eu saiba (e isso me basta) que o melhor que está por vir ainda se encontra latente


" Fé na vida fé no homem
Fé no que vira
Nos podemos juntos
Sim nos podemos mais
Vamos la fazer o que será" ;)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Sol na casa 6, lua na casa 325/05 (ontem) às 20h36 a 28/05 às 5h38


Nestes próximos dias, de 25/05 (ontem) às 20h36 a 28/05 às 5h38, a Lua transitará pelo terceiro setor do seu mapa, formando um ângulo tenso ao Sol no sexto setor: é momento de Lua Minguante, e você poderá sentir contradições mais fortes em sua vida e em seus pensamentos. Trata-se de um momento importante para refletir melhor, repensar as situações, não tomar decisões precipitadas. Cuidado com fofocas no que diz respeito a pessoas com quem você convive diariamente (não necessariamente seus amigos) e uma tendência a "colorir" demais a verdade, distorcendo as coisas de forma fantasiosa. Este poderá ser um período em que você sente um vínculo maior com seu trabalho e suas obrigações.

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É, se até os astros confirmam eu tenho que admitir estar entrando em uma de minhas fases de lua de total instrospecção.
E tenho dito.

a oração

"Quantas vezes vos disseram uma coisa e percebestes outra? Quantas vezes ouvis o que não ouvis? Quantas vezes entre a boca do outro e os nossos ouvidos ficou a honra alheia pendurada por um fio? E queira Deus que não ficasse enforcada. Isto acontece quando os homens ouvem com os ouvidos; mas quando ouvem com os corações, ainda é muito pior. E os corações também ouvem? Nunca vistes corações? Os corações também têm orelhas, e estai certos que cada um ouve, não conforme tem os ouvidos, senão conforme tem o coração e a inclinação."


Pe. Vieira.

o inverno.

Não tem jeito. Algumas coisas parecem mesmo obedecer a regras...
E todo esse tempo em que os dias ficam mais longos e os ventos mais gelados me trazem a sensação de vazio que insistentemente eu me recuso a viver. Aí vem todos aqueles suspiros indevidos que me trazem a nostalgia de um domingo á tarde, que me fazem repensar os caminhos já tomados e embora eu não possa percorre-los novamente me conforta a certeza de que posso seguir de modo diferente ao menos...
Mas a vontade ainda atordoa, me faz perder o medo e eu desisto na metade, antes mesmo de te dizer adeus. Fica mais prático aceitar submissa a todos os poréns de uma relação inconstante e enquanto a isso a mala continua feita, ali mesmo do lado da porta com todos os sonhos e cheiros, esperando somente que eu crie coragem...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Ele teve todos os motivos para não se apaixonar por ela. Ele teve todas as chances de não alimentar sentimento algum. Ele teve todas as portas escancaradas só a espera da sua saída. Mas ele não quis...ele preferiu ficar, tentar, insistir. Ele teve todas as oportunidades de voltar atras. de deixar pra lá. Mas ele decidiu pagar pra ver. Ele foi fiel, intenso, resistente. E ela só retribuiu com indiferença. Ele esperou pelo sim dela como o sol espera por cada amanhecer. Ela disse não.Ele usava todas as armas para conquista-la. Ela lutou contra qualquer sinal de redenção. Ele teve coragem, paciência, dedicação. Ela teve medo.Ele foi embora [...] com despedida - o que a deixou pior - Ele entregou os pontos. Se deu por vencido. Ela se arrependeu. Ele cansou. Ela pagou pela covardia. Ela não quis se envolver, mas acabou envolvida. Ela quis resistir, mas fracassou. Ela não quis amar ele e talvez por isso o tenha amado. Ele cansou de esperar. Ela teve coragem de assumir.Tarde demais para os dois.

Hunf!

Ahnnn Martinhaa... ;)

"Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência."

Martha Medeiros
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Não sei se já disse aqui mas sou fã dessa mulher!
:D
Da-lhe Martinha, inspiração objetiva para os meus meros devaneios tolos..


p.s. Agradecimentos ao professor Dalmir por todo massageamento de ego não apenas nos comentários das provinhas e resenhas criticas como também, pessoalmente agora! tô como moral, hein? ;)

Nostalgia.

....Por sorte já tinha te falado que sou impulsiva (MUITO, diga-se de passagem) mas mesmo assim sempre procurei tomar cuidado com o que faço nessas crises de impulsão..Ontem tentei ser diferente, fazer diferente e acho que esse desejo tem se estendido até esse momento.Decidi não pensar demais pra não dar tempo de me arrepender. Não me pergunte o que me fez pensar isso, ou simplesmente “acordar” para tal fato, a verdade que nem eu conseguiria te responder...Já me indaguei se é orgulho ferido, capricho ou se não desejo reprimido..tudo começou com uma pontada de ciúme o que já não era normal de ocorrer (e você sabe) e depois essa pontinha foi crescendo, aumentando e foi ai que tive um estalo e percebi que algo ia errado (ou em fim certo, vai saber!) mas o fato é que fui acordar para algo que talvez estivesse relutante em admitir, talvez tamanha arrogância, frieza e indiferença não passassem de mecanismos de defesas usado por alguém que talvez já estivesse cansada de sofrer, de quebrar a cara e se machucar...e ai me veio a vontade de te ligar de dizer milhões de coisas que eu já nem me importava se era delírio ou não, daí você veio... e eu senti borboltas no estômago como a muito não sentia, de um jeito que me dava medo acreditar e naquele instante eu percebi tanta coisa que não saberia como dizer..tudo tão abstrato e você em minha frente tão lindo;)Difícil se pensar no momento exato que nos apaixonamos por alguém, mas se existisse sem dúvidas seria aquele, se fosse um filme ou uma novela tocaria uma música linda, a gente se beijaria, a câmera ia dar um close no melhor ângulo e o final teria sido feliz, mas como não era novela, era vida real e ainda por cima tendo se desenrolado como foi, obviamente que não terminou assim. Mas o coração tem dessas coisas né? De magia, encantamento,supresa e desencanto..aí quando você disse: ‘o que é isso? É Deus?’ eu parei pra pensar que talvez tenha sido ele mesmo que tenha invertido a mesa, que mudou as peças de lugar..mas com que propósito? Desisto de entender...


“Nada nem niguém vai conseguir afastar a gente, parece até de outra vida!”

sábado, 3 de maio de 2008

'Sou lúcida na minha loucura, permanente na inconstância, inquieta na minha comodidade, pinto a realidade com alguns sonhos..E transformo alguns em cenas reais.
Amo mais do que posso..E por medo é sempre menos,do que sou realmente capaz..Busco o prazer da paisagem..Raramente pela alegre frustraçãoda chegada.Quando me entrego, me atiro..E quando recuo, não volto mais...
Mas, não me leve tão a sério..Pois sei que nada é definitivo.!E nem sei se sou o que penso que sou.! E penso mais do que falo..[..e falo muito..]Nem sempre o que você quersaber eu sei..Gosto de cara lavada..Pés descalços,Nutro uma estranha paixão,..por desvendar mistérios....e sinto falta de uma tatuagemno lado esquerdo das costas..'__

(Martha Medeiros)

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Ela é ótima, não?
Ás vezes quando leio suas obras (vale ressaltar que sou fã de carteirinha) fico viajando na prepotente ambição de que ela fala muito sobre mim.
Ahnn..tenho que registrar aquiii: 20 anos de Asa de Águia, gravação do Dvd, luz, brilho, encontros, chuva cinematográfica,participação de Ivetinha, sensações estrambólicas, perfeição,queima de fogos, melhores companhias, chapinhas desfeitas, corrida molhada, speed total, registros, amigos, saudade.

Alô Durvalino Meu Rei, que venham mais 20 ;)

quarta-feira, 30 de abril de 2008


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Eu, sou um pouco desligada desse mundo em que por um acaso eu habito.Moro aqui na Terra, mas minha cabeça vive na lua. Não sei bem se minha lucidez atrapalha meus devaneios ou se meus devaneios atrapalham a minha lucidez...Odeio acordar cedo e por vezes sou tomada por uma onda de preguiça inigualável.

Sou tolerante, sempre procuro entender os dois lados de uma história. Sou estressada, em muitas vezes eu quero que o mundo se exploda. Sou extremamente desastrada, não passo um dia sem cair, esbarrar ou tropeçar. Sou avoada, não passo um dia sem perder alguma coisa dentro de um pequeno espaço, mas tenho um anjo da guarda muito eficiente e no final tudo acaba dando certo.

Não tenho uma religião definida, mas creio muito em Deus e essa fé incondicional é o que me fortalece. Choro fácil, já até tentei guardar minhas lágrimas para ocasiões epeciais mas ela são teimosas, acabo desabando por pouco. Mas o sorriso eu não procuro conter, gasto mesmo! Detesto hipocrisia, covardia e descaso. A imaginação é a minha maior aliada. Fui abençoada com lindas e verdadeiras amizades, que sei que posso sempre contar. Adoro cinema, música, poesia, livros e festas, mas tem dias que o que eu preciso mesmo é ficar sozinha. Sonho com um amor que faça o tempo parar e que dure a vida toda. Tento melhorar todos os dias, tento não me importar com coisas bobas, pequenas. Prezo as boas compahias, boas conversas e boas histórias. Psicologia é a minha grande paixão. Quando penso no mundo e vejo a quantidade de coisas que ainda tenho pra viver, pra conhecer e aprender, da uma vontade louca de sair correndo e ir encontrar tudo que vai ser meu mas que ainda não me pertence. Recentemento descobri que ansiedade não leva a lugar nenhum, só gasta energia, e ainda por cima engorda! Existe um processo chamado tempo e eu faço parte dele, aliás, todos nós, não adianta contrariar. Aprendi a exercitar a calma nas situações, não estou no mundo á passeio, quero realizações, confirmações e atos, e isso eu sei que não se consegue de um dia para o outro, acredito que tudo tem sua hora e estou disposta a esperar. Acredito na evolução,no amor, no destino e no encontro. Sou canceriana, e se tivesse escrito o signo antes de tudo, pouparia um monte de palavras...Mas não poupo palavras, gosto delas.



'Mas apesar de tudo ela tem sonhos' ;)

terça-feira, 29 de abril de 2008

Conselhos que não sigo.

" Respirar o amor...aspirando liberdade"

Vamos combinar que esse papo de que: 'Não amo mais" é puro clichê para barganhar a tamanha falta que se tem de um amor de verdade. O problema é: fica muito mais cômodo fantasiar que se tem poder sob esse músculo involuntário que teima em palpitar em direções controvérsias do que admitir de fato que somos carentes de amor.
Não esse que dura uma noite e se esvai antes mesmo do sol nascer, mas aquele que perdura, eu falei PERDURAR.
E o que foi feito pra perdurar? Se não as coisas que se cultiva e se liberta, assim mesmo, dubiamente falando...não dá pra ter amor acorrentando ele, amor só dura quando ele é solto. Aí a gente vai lá pra nossa infância e recorda do filme da Bela e a Fera, lá mesmo ele dizia que quando a gente ama, liberta-se e só assim, de fato, teremos quem amamos sempre perto. Parece contraditório, anh? Mas é tão real que chega a assustar.

...meu bem o ciúme, é pura vaidade!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Desabafo.

Me perturba essa contingência dos fatos, ter que tratar desse sentimento latente já não cabe nas minhas necessidades. Sinto como se quisesse explodir, vociferar, já foge ao meu controle. E quem quer saber de razão mesmo? A essa altura torna-se ridículo dissimular o que se sente, procurar camuflar o que já está intolerável conter.Uma pausa para minha indignação.

domingo, 27 de abril de 2008

Desde muito tempo.

“ E só de lembrar ela revivia todas aquelas sensações, a mesma ansiedade de quando o vira por acaso, o tremor das pernas e o rubor no rosto que frequentemente a denunciava.Começou a questionar se ele era mesmo o culpado de suas angustias e lentamente começou a amadurecer a idéia de que ela mesma não suportava pensar na responsabilidade de seus atos aliado a causalidade da vida. Logo percebeu que era muito mais fácil atribuir a “culpa” ao que não lhe pertence...Aos poucos foi percebendo o quanto ela perdia com isso, muito mais do que as noites que despedaçava revivendo seus fracassos...muito além, ela perdia sua paz interior e o controle sob sua vida.Como pôde por tanto tempo pensar dessa forma tacanha? Decidiu por si só sair dos bastidores de sua vida, o palco é muito mais excitante!E quando começou a enxerga-lo como ser humano tão falho e limitado quanto ela, achou também as chaves que a libertavam da sua prisão interior.Remoer o passado e alimentar ressentimentos só produziam sofrimentos a longo prazo em meio a ilusória sensação de alívio imediato. Ela ansiava por se libertar. Agora podia olhar nos olhos dele sem ponta alguma de mágoa com a certeza de que de que ele não fora o culpado pelos monstros que ela própria criara. Seu coração conseguiu perdoar, não somente as ofensas, mas o fato dele não corresponder as suas expectativas ( como frequentemente aconteceria).Sua alma sorria. E tinha a certeza de que alguém lá em cima também vibrava com esse sucesso...”21/03/2008 - eu e meus dvaneios.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Estréia (;

- Sabe a garota do copo de água?
-Sei.
- Se parece distante, talvez seja porque está pensando em alguém.
- Em alguém do quadro?
- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?

(O Fabuloso Destino de Amélie Poulain)



è, outro veículo de comunicação com a afinalidade de manter assíduo esse exercício catártico de busca pela identidade.
Por enquanto, só ;)